Tech: Ataque contra servidores nos EUA desacelera internet no mundo

O governo dos Estados Unidos investiga como uma “atividade maliciosa” vários ataques de denegação de serviço (DDoS) registrados nesta sexta-feira contra os servidores utilizados de grandes empresas americanas de internet como Twitter, Spotify, Github e o jornal “The New York Times”.

O primeiro incidente ocorreu no início da manhã, na costa leste dos EUA, e durou cerca de duas horas, em que as empresas de gestão de servidores como Dyn e Amazon Web Services tentaram conter os problemas de conexão com suas endereços de DNS.

Pelo menos três ondas de ataques de denegação de serviço colocaram os servidores do Dyn e Amazon Web Services com a necessidade de buscar modos de diminuir a sobrecarga e evitar que centenas de sites ao redor do mundo deixassem de ser acessíveis.

No final da tarde, o Dyn informou que seus serviços tinham normalizado e atribuiu os ataques à saturação das respostas de servidores com uma onda de acesso falsas, uma estratégia frequentemente usada pelos hackers.

O porta-voz da Casa Branca, Josh Earnest, confirmou que o Departamento de Segurança Nacional (DHS) está “monitorando a situação” e vai investigar em profundidade estes ataques, que qualificou de “maliciosos”, mas sem citar sua procedência.

O DHS, lembrou Earnest, “é a agência governamental responsável por controlar nossa segurança no ciberespaço e a coordenação com os setores público e privado para proteger os interesses dos Estados Unidos no ciberespaço”.

As empresas de internet afetadas anunciaram que também estão investigando as interrupções de serviço que sofreram, vinculadas segundo o Dyn, a ataques DDoS, em que hackers tentam sobrecarregar os servidores com enormes demandas de acesso falsos gerados automaticamente.

De acordo com o Dyn, seus engenheiros estiveram o dia todo trabalhando neste assunto para diminuir os efeitos dos ataques, que conseguiram controlar no final do dia.

Segundo a empresa de consultoria de segurança na internet Flashpoint, os ataques parecem ter sido originados com “bots”, software projetado para realizar pedidos de conexão falsas, que se aproveita da infraestrutura da “internet das Coisas” para fazer dispositivos com acesso a internet se comportem como pessoas que tentam aceder determinados endereços de internet.

O Twitter confirmou que seu serviço permaneceu inacessível em algumas partes do mundo por duas horas “por falhas na resposta de servidores DNS”, semelhantes aos problemas que detectaram Zendesk, uma empresa de software de relacionamento com clientes, ou Github, o mais popular repositório de código e programação colaborativa.

Depois de informar a restauração de seus serviços cerca de duas horas depois do primeira alerta, deu conta de pelo menos outros dois ataques cibernéticos destas mesmas características, sem identificar sua origem.

A companhia Amazon, que além de seu popular portal de comércio eletrônico, oferece, através de seu servidor AWS, serviços de internet para outras companhias como a rede de televisão via streaming Netflix, informou de interrupções esporádicas.

Em mensagem no Twitter, Wikileaks pediu aos seus seguidores “Deixar de seguir afundando a internet dos EUA”.

“Demonstraram sua postura”, disse Wikileaks abordando o tema como se fosse uma suposta resposta dos ativistas de internet para a decisão da Embaixada do Equador de deixar sem conexão com a internet, o fundador da organização, Julian Assange, que buscou asilo nessa embaixada em 2012.

fonte: exame abril

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