Nanopartículas de ferro podem fazer nossos cérebros serem programados por computador

Uma substância composta por nanopartículas de ferro pode permitir um dia que médicos ativem diferentes partes do cérebro usando campos magnéticos. Em outras palavras: nosso cérebro pode ser programável no futuro.

Uma equipe de pesquisadores da universidade Florida International, nos Estados Unidos, queria descobrir se conseguiam acessar as áreas onde a eletricidade fluía no cérebro humano. Isso porque os neurônios se comunicam usando pequenas correntes elétricas.

O professor de farmacologia Sakhrat Khizroev queria descobrir o que aconteceria caso encontrássemos uma forma de induzir a ocorrência desses sinais, usando uma fonte externa como um imã.

Para descobrir, ele e seus colegas injetaram nanopartículas eletromagnéticas em ratos. Esses pedaços muito pequenos de metal eram transportados até o cérebro do animal.
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Foto por: Divulgação
Quando os pesquisadores colocaram os ratos próximos dos imãs, as partículas criaram seu próprio campo magnético e fizeram os neurônios que estavam perto delas gerar uma corrente elétrica.

O experimento é um dos primeiros exemplos de cientistas usando uma fonte externa para ativar neurônios específicos dentro de um cérebro.

Khizroev quer usar essas nanopartículas para inserir medicamentos em partes específicas do cérebro, ativando-as com os imãs nas regiões onde essas drogas são necessárias.

Esse sistema também poderia ser usado para criar mapas detalhados da atividade elétrica no cérebro, caso as partículas sejam usadas para coletar sinais ao invés de gerá-los.

No futuro, o sistema pode tornar-se uma interface, transmitindo sinais entre cérebros e computadores, uma espécie de conexão sem fio entre homem e máquina. “Nossos estados cerebrais podem se tornar parâmetros para computadores, que poderiam estimular diretamente algumas regiões do cérebro”, afirma Khizroev.

Fonte: New Scientist

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