Funcionária é demitida por apagar aplicativo que rastreava sua localização 24 horas por dia

Uma executiva de vendas está processando a empresa da qual foi demitida por supostamente desinstalar um aplicativo que permitia a seu empregador rastrear sua localização 24 horas por dia, mesmo fora de serviço.

Myrna Arias, que trabalhava para uma empresa de transferência de dinheiro chamada Intermex, teve que instalar em seu telefone o Xora, um aplicativo de administração da força de trabalho, como parte de seu emprego.

O aplicativo permite que um empregador monitore funcionários que não estão no escritório. No seu site, faz propaganda da sua capacidade de “enxergar a localização de cada funcionário no Google Maps”, mostrando “onde eles estavam, a rota que dirigiram e onde eles estão agora.”

O processo alega que “após pesquisar sobre o app e falar com um funcionário da Xora, a requerente e seus colegas perguntaram por que a Intermex estava monitorando seus movimentos fora do serviço.”

O chefe de Arias, John Stubits, teria se gabado por saber até a velocidade na qual seus empregados dirigiam fora da empresa. “Ele deixava claro que estava usando o programa para monitorá-los, até durante os fins de semana.”

“A requerente expressou que ela não tinha problema com a função de GPS do aplicativo durante o horário de trabalho, mas se recusou a ser monitorada fora desse período, alegando ser uma invasão de privacidade. Ela comparou o app a uma tornozeleira eletrônica e disse a Stubits que suas ações eram ilegais”, descreve no processo o advogado de Arias.

O chefe teria demitido sua funcionária alguns meses depois, após ela desinstalar o aplicativo de seu telefone, que, segundo o processo, “precisava estar carregado 24 horas por dia”.

No processo, Arias pede uma indenização de 500 mil dólares (1,5 milhão de reais) por lucros cessantes e salários.

Fonte: ArsTechnica

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