Marginais terão radares móveis para fiscalizar motociclistas
| |A Prefeitura de São Paulo vai reforçar a fiscalização de motociclistas nas Marginais do Pinheiros e do Tietê com 10 radares móveis portáteis, chamados de ‘radares pistola’, a partir de 10 de setembro. Os equipamentos estarão espalhados em 38 pontos das duas vias. A medida é uma estratégia da gestão municipal para coibir o desrespeito de motociclistas aos novos limites fixados nas Marginais, uma das principais críticas dos motoristas.
A ação será feita por guardas civis metropolitanos que, desde o final de agosto, estão em treinamento para operar manualmente os medidores portáteis. A guarda fiscalizará os limites de velocidade de acordo um uma logística preparada pela CET, utilizando cinco radares em cada uma das Marginais.
“Nós vamos retomar a fiscalização pelo radar móvel, que fica na mão do agente de trânsito, para proteger a vida do motociclista, que é a segunda maior vítima do trânsito de São Paulo. Em proveito da vida destas pessoas, nós temos que aplicar essa fiscalização”, afirmou o prefeito de São Paulo, Fernando Haddad (PT), na manhã desta quinta-feira, 3.
O retorno dos radares móveis ocorre após um mês e meio desde a implementação da redução de velocidade nas Marginais, ocorrida no dia 20 de junho. A diminuição foi de 90 km/h para 70 km/h nas pistas expressas (60 km/h para veículos pesados) e de 70 km/h para 50 km/h nas pistas locais.
Na pista central da Tietê, a diminuição foi de 70 km/h para 60 km/h. Após seis semanas de implantação, foi verificado que a medida provocou uma redução de 27% no número de acidentes com vítimas nas duas vias.
Haddad disse que a expectativa é reduzir ainda mais os números nos próximos meses. Segundo ele, cidades que também reduziram a velocidade das vias, como Londres, Paris e Nova York, tiveram queda no número de acidentes e na lentidão do tráfego.
“A ciência existe justamente para isso: contrariar o senso comum e fazer ver que o mundo é de outro jeito. Se fosse só pelo senso comum, o Sol estaria girando ao redor da Terra até hoje”, disse Haddad.