Crustáceos podem indicar o local de acidente do avião da Malaysia Airlines desaparecido

No último dia 29, supostos destroços do avião da Malaysia Airlines desaparecido no ano passado foram encontrados em Reunião, uma ilha no Oceano Índico. Agora, um geólogo e um biólogo da Universidade de Colônia, na Alemanha, afirmam que seriam capazes de identificar o local do acidente analisando as espécies dos crustáceos encontrados fixados nos destroços.

Pelas imagens divulgadas, o geólogo alemão Hans Georg Herbig identificou um tipo específico de crustáceo que vive preso a rochas, corais e outras superfícies flutuantes, conhecido como percebes, ou perceves (Goose Barnacles, em inglês). Ele suspeita que os percebes encontrados pertencem à espécie Lepas australis, que vivem apenas em regiões do hemisfério sul e não tropicais, já que dependem de certas zonas climáticas para sobreviver.
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“Se encontrarmos [a espécie] Lepas australis sobre os destroços, então podemos provar com certeza que a queda do avião ocorreu em áreas marinhas geladas do sudoeste da Austrália”, disse Herbig, em nota. “Agora, nós apenas temos que ver as conchas para conseguir dizer qual tipo de perceves eles são”.

Um análise mais detalhada poderá também indicar há quanto tempo os crustáceos estão fixados nos destroços.

Autoridades de transporte da Malásia confirmaram que os fragmentos pertencem a um avião Boeing 777, mas ainda não está certo se fizeram de fato parte do avião desaparecido em 8 de março de 2014, o voo MH370 da Malaysia Airlines. Depois da primeira operação de busca em Reunião, outros fragmentos metálicos, que não eram destroços de um avião, foram também encontrados na ilha. O destroço de avião, no entanto, já foi encaminhado no sábado (1º de agosto) a um laboratório em Toulouse, sul da França, onde será examinado por especialistas. As buscam na ilha continuam.

O voo MH370 saiu de Kuala Lumpur, com 239 pessoas a bordo e destino a Pequim, e desapareceu no oceano menos de uma hora depois. A causa de desaparecimento da aeronave permanece um mistério desde então.

Fonte: Science Daily

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